Politica

Editorial- Aposentadoria: o mito

 O dinheiro da Previdência Social sai do bolso do trabalhador compulsoriamente, queira o contribuinte ou não. O que governo após governo fazem com ele, é outro assunto. Olhando para o conjunto da obra – e não apenas para um só tijolo – a única conclusão é que metem-lhe a mão, década após década. 
É fato que o imbróglio burocrático tem de ser aperfeiçoado e que todos têm de ter tratamento equânime, sem privilégios injustificáveis, como os da casta política e outros setores institucionais. A gestão precária dos recursos é outro problema. 
Veja-se, v.g., os privilégios de ex-presidentes pela Lei 7.474/1986: seis servidores para segurança e apoio pessoal e dois veículos oficiais, com dois motoristas. As distorções subjacentes acompanham a principal. Sonegação e apropriação indébita são beneficiadas por esdrúxulas legislações de “refinanciamento” de sonegadores. 
A causa principal do eterno “rombo da Previdência”, ao nosso ver, é o mau uso dos recursos em fins outros que ressarcir os contribuintes. Governos incompetentes ou ímprobos lançam mão do dinheiro da aposentadoria para fins indevidos, como tapar crateras orçamentárias e outros ainda menos louváveis. 
O mito da “Previdência Deficitária” não resiste a qualquer análise coerente. Aperfeiçoar o sistema? Sim! Jogar as consequências desastrosas de desvarios político-administrativos nas costas de trabalhadores? Não!

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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