Editorial – Surpresa?
Espantoso é verificar a beatitude e o conformismo, a pasmaceira e a conivência do tal “povo” ante a galhofa sórdida que se apresenta, diuturnamente, no escatológico cenário político nacional. Bem disseram os Senadores Ana Amélia e Álvaro Dias, ante a “purificação” emblemática de Aécio Neves, ontem: “ – É inaceitável!”.
De fato é, para ínfimos milésimos da cidadania. Para a imensa maioria que bota os mandriões no poder, não! Insistamos, mais uma vez, que os representantes são a cara, o corpo e a alma dos representados. O elemento arquetípico e incontornável do fenômeno de escolha é a ÍNDOLE de quem escolhe.
Nos países que deram certo poderíamos até afirmar que “a voz do povo é a voz de deus” – desconsiderando marca, modelo, ano de fabricação e outras esquisitices. Aqui, neste império macunaímico submergente, está mais para a voz do Capiroto. O bicho-gente raramente é o que diz, mas, sempre é o que faz.
Não há surpresas no front: dentre mortos e feridos salvar-se-ão (certo, Temer?) todos, inclusive os zumbis que protagonizam “A volta dos mortos vivos” (certo, Lula?).