Politica

Editorial – Surpresa?

 Surpreendente não é, em hipótese crucial ou remota, que o Legislativo, o Executivo e mesmo o Judiciário ajam fisiologicamente no amparo, proteção e defesa de seus icônicos confrades, interagindo num “pas de trois” burlesco. Surpreendente não é “ver triunfar as nulidades”, como choramingava Rui, idos de 1914. 
Espantoso é verificar a beatitude e o conformismo, a pasmaceira e a conivência do tal “povo” ante a galhofa sórdida que se apresenta, diuturnamente, no escatológico cenário político nacional. Bem disseram os Senadores Ana Amélia e Álvaro Dias, ante a “purificação” emblemática de Aécio Neves, ontem: “ – É inaceitável!”. 
De fato é, para ínfimos milésimos da cidadania. Para a imensa maioria que bota os mandriões no poder, não! Insistamos, mais uma vez, que os representantes são a cara, o corpo e a alma dos representados. O elemento arquetípico e incontornável do fenômeno de escolha é a ÍNDOLE de quem escolhe. 
Nos países que deram certo poderíamos até afirmar que “a voz do povo é a voz de deus” – desconsiderando marca, modelo, ano de fabricação e outras esquisitices. Aqui, neste império macunaímico submergente, está mais para a voz do Capiroto. O bicho-gente raramente é o que diz, mas, sempre é o que faz. 
Não há surpresas no front: dentre mortos e feridos salvar-se-ão (certo, Temer?) todos, inclusive os zumbis que protagonizam “A volta dos mortos vivos” (certo, Lula?).
 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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