Editorial – Epidemia de abusos e fraudes
Os campeões de encheção de saco com 33% das chamadas seriam as próprias operadoras e 27% são definitivamente criminosas, originárias inclusive de prisões tidas como de segurança máxima e centrais do crime organizado. Botam os malandros ou robôs a funcionar e o usuário que se dane. 12% vêm de telemarketing legítimo.
Tal invasão de privacidade parte do princípio que, estando nas listas oficiais, os números podem ser chamados a qualquer hora. As legislações em vigor todavia são inócuas devido à burocracia para lançar denúncias. A ANATEL inexiste.
Quanto a e-mails, não há limites, chegando a inviabilizar endereços devido à saturação epidêmica. Coitado de quem cair numa dessas listas vendidas tanto a grandes, médias e pequenas empresas para fins ditos publicitários, quanto a organizações criminosas dedicadas à distribuição de malwares e a fraudes.
Considerar que os legisladores deveriam ditar e aprovar leis punindo severamente tais práticas odiosas, é só fantasia: estão mais preocupados em salvar o próprio rabo no tsunami de corrupção que assola o país…