Politica

Ediorial – Cuias diferentes, a mesma farofa

 “Eu sei lá o que é a nova direita. Eu quero que ela se dane. É um bando de picaretas. Eu abri um rombo na hegemonia esquerdista, só que o pessoal que veio atrás não tinha preparo nenhum. Só palpiteiro, carreirista, oportunista” (Olavo de Carvalho). O caso é que o último dinossauro da direita ideológica castiça cabocla tem razão. 
Depois de D. Pedro II, o último patriota, a política brasileira ficou nas mãos de arrivistas medíocres, tão ansiosos quanto mercadores em zona de lenocínio. Medíocres não fazem o certo por incompetentes e não deixam fazer porque sua incompetência transparece. Não importa se de direita, esquerda ou meio-a-meio. 
Na divisão do mundo pós IIª Guerra Mundial e com o fim da Guerra Fria, o Brasil subordinou-se à influência norte-americana do sistema financeiro internacional. 
A submissão cultural decorrente é mera consequência. Basta ver que calculamos a vida pátria em dólares e pensamos e falamos em portinglês, como bons colonizados. Sem exceções, a divisão cartesiana “direita”, “esquerda” ou o tal “centro” – a turma do nem pizza, nem omelete – é inaplicável no Brasil. Partidos, organizações, movimentos e que tais são meros avatares dirigidos e seguidos por imitadores de imitadores incapazes de ideias próprias, mas, extremamente vorazes e gananciosos. 
Mutatis mutandis são cuias diferentes para a mesma farofa. O resto são firulas.

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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