Editorial – Vendendo a alma

 Governos eficientes agregam valor ao Estado não apenas com a preservação do patrimônio público existente, mas, com sua modernização permanente para buscar melhores resultados. Os ineficientes o dilapidam e, se corruptos – uma coisa puxa a outra – para manter suas quadrilhas e seus apaniguados no poder.
A única receita para equilibrar receitas, em épocas de vacas magras, é racionalizar a máquina pública: cortar mordomias, vantagens indevidas e tudo que signifique gasto supérfluo. Requer, além de competência, coragem! 
Atrás das boquinhas extintas cairia um exército de aspones inúteis. A economia seria expressiva. Outra moda, ativa entre incompetentes, é a da privatização de fundações, institutos, autarquias, parques etc. para cobrir os rombos vindos do cabide de empregos e má gestão. 
É como se, faltando dinheiro no fim do mês, a família vendesse seus bens para “sair do vermelho”. Como raramente se compra algo detonado, teria de vender o que funciona bem. No círculo vicioso de dispor de patrimônios a raiz do problema permanece intacta: a inépcia administrativa. Se passar ao setor privado setores estratégicos do município fosse supimpa em termos de eficiência e economia de recursos, ora, privatize-se a própria administração, proposta da problemática tese do “Gerente de Cidade”. Intermediários amealhariam fortunas, enquanto a cidade venderia de vez a alma ao Cramulhão.
 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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