Politica

Editorial – Thatcher: símbolo de uma era

 Sem entrar no mérito – ideologias e teratologias à parte – Margareth Thatcher foi decisiva nas principais mudanças do século passado, como a queda do Muro de Berlim e o fim dos regimes totalitários comunistas europeus, a queda da ditadura na Argentina e a recolocação da Inglaterra no patamar das grandes potências, após uma quase bancarrota econômica. Dizem, dela, tudo de bom e tudo de ruim, basta verificar sua biografia. 
O que mais chateou os donos do sistema não foram seus atos de dirigente de caráter forte e inteligência aguda. Incomodou o fato de ser mulher. Os desditosos soviéticos chamaram-na de “Dama de Ferro” por ela não assustar-se com suas bazófias. Foram seguidos pelos ditadores argentinos, ao acharem que uma mulher não partiria para a briga, no caso da Guerra das Malvinas. Partiu: foi, viu e venceu! A ditadura caiu logo após, esfacelada. 
Recatada, sóbria e culta, tendo na família o principal valor social, ela marcou a era na  qual as mulheres decidiram-se a não mais serem secundárias, assumindo  papéis proeminentes na sociedade e mostrando, em todos os campos de atividade, competência na obtenção de resultados, privilégio antes masculino e não mais negociável.  
Margareth Thatcher, sem alardes, saiu da vida dia 8 de abril, aos 87 anos, entrando para a História como mulher de destaque, estadista e símbolo de uma era. Goste-se dela ou não! 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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