Politica

Editorial – Dignidade

 Dizem os dicionários que dignidade é: “1. Cargo e antigo tratamento honorífico; 
2. Função, honraria, título ou cargo que confere ao indivíduo uma posição graduada; 3. Autoridade moral, honestidade, honra, respeitabilidade, autoridade; 4. Decência, decoro; 5. Respeito a si mesmo; amor-próprio, brio, pundonor”. 
Tirando 1 e 2, cujo sentido amplo vê cara e raramente coração, 3, 4 e 5 nos falam do sentido restrito, vinculado a valores pessoais inatos e intransferíveis. Assim, quando ouvimos a saudação “ – Digníssimo presidente da egrégia Câmara Municipal” – ou outras instituições – não significa que o fulano seja necessariamente digno. 
Pode ser baita picareta explícito ou dissimulado e, via de regra, é, desde os tempos medievais, no qual a “nobreza” adorava enfeitar seu pavão com superlativos. O item 3 não é dádiva formal e laudatória. É uma conquista de quem é justo, mesmo que entre injustos. 
Ausente, leva à decepção, que leva à desilusão. A desilusão leva tanto à frustração apática quanto à ira incontida, em seus extremos. Tal produz resultados desastrosos. O que sustenta a pessoa, nos momentos trágicos ou felizes, é seu foro íntimo. Como um marujo de pernas e mente firmes atravessa altaneiro todas as tormentas e tempestades. 
Os “digníssimos” indignos – como vemos aos montões na casta política cabocla em nossos dias – podem ter tudo. Falta-lhes o essencial: a Dignidade.
 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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