Editorial

Editorial – Falando sério

 A mais espetacular reforma política havida foi, sem dúvidas, na Revolução Francesa, datada simbolicamente de 14 de julho de 1.789, aos sons da Marselhesa. Com a tomada da Bastilha – a sinistra prisão da monarquia absolutista de Luiz XVI – e posterior decapitação da família real (1.792), as oligarquias políticas e religiosas foram desmanteladas e a França, saindo das mãos dos “todo poderosos”, mudou de rumos. 
De 2.013 e até 2.015, consideradas as diferenças e proporções, achávamos que nossos rumos, finalmente, também mudariam ante o clamor popular espontâneo contra as castas políticas corruptas dominantes no país. Conseguimos, ao menos por enquanto, livrar-nos dos que propunham uma ditadura fascista bolivariana. 
Outro fato positivo que pôs à mostra as catacumbas e tripas dessa casta, foi a Operação Lava Jato. Recuperou uma fração do dinheiro roubado em 15 anos para os cofres públicos: R$ 11.526.021.897,01, dos quais R$ 1.496.839.580,48 já depositados em contas judiciais, segundo os procuradores. Estima-se que a movimentação de dinheiro pelas quadrilhas supere a casa do trilhão de reais. 
Devassou quadrilhas e botou na cadeia figurões do sistema pérfido, não tendo conseguido todavia chegar à “nobreza” e reis do esquema, graças à INÉRCIA POPULAR. Não houve Marselhesa e ninguém perdeu a cabeça. O Brasil, como afirmou Charles de Gaulle, não é lá um país muito sério… 
 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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