Editorial – A reforma dos políticos
Fora o projeto “Bolsa Picareta” – 3,6 bilhões de reais para manterem as farras eleitoreiras – temos ainda o monstrengo do “Distritão”, sistema eleitoral que privilegia as maiores quadrilhas políticas para impedir melhor renovação do Legislativo.
Sobre o fim do execrável “Foro Privilegiado” e de regalias, ou restrições severas na contratação de “aspones” (assessor de porra nenhuma) e exigência de competência comprovada no exercício de função pública para cargos eletivos e não concursados, raríssimas palavras favoráveis.
O Legislativo, em mãos das gangues dominantes na política e seus gângsteres, tudo pode, certos da absoluta impunidade. Damos-lhes o poder de fabricar as leis que os beneficiam, impostas pelo Executivo e consagradas pelo Judiciário. O Estado brasileiro está podre. Faliu…
O fato é que, como a “voz rouca das ruas” sumiu – enojada, enjoada e acovardada – as quadrilhas deitam e rolam na festança com o dinheiro público. Em vez da urgente Reforma Política necessária para tirar o país da fossa, temos a panaceia de uma reforma dos políticos, pelos políticos e para os políticos. O povo? Que se dane…