Editorial – Os intoleráveis

 “A intolerância é um mal e deve ser combatida. Extremistas, sejam de direita ou de esquerda, são autoritários e incompatíveis com a democracia. Liberdade de expressão e religiosa, não discriminação de qualquer pessoa baseada na sua cor de pele, opção sexual e sexo são pilares da democracia e, sem eles, todos os outros direitos não sobrevivem”. (Carlos F.S. Lima, Procurador Regional da República). 
Mas, mais indigesto que trombar com intolerantes – racistas especificamente – é ouvir, desse nicho psicopático, serem “cristãos”. Que um ateu ou ainda um agnóstico verta rancores contra semelhantes, já é condenável. Num autoproclamado seguidor de Cristo é inaceitável. Veja-se a doutrina cristã. 
No Brasil, a saber, os nordestinos (apontando apenas um segmento, dentre muitos, por suas origens) são objeto da ira, desprezo e aversão de indivíduos até que esclarecidos (sem entrarmos no mérito do termo) que citam Jesus como mentor de suas concepções pessoais e sociais negando-as, entretanto, na práxis diária. 
Quanto melhor sucedida a vítima e pior o preconceituoso, maior o preconceito. Diz a voz do povo, e sem atribuí-la a Deus, que “inveja é uma merda”. Santo Agostinho via nela o pecado por excelência: “Da inveja nascem o ódio, a maledicência, a calúnia…”. 
A única intolerância plausível, pelas leis celestiais ou terrenas, é contra tais esquizofrênicos. São intoleráveis… 
 

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