Editorial – Entre extremos
A canalhocracia arrogante e a sorrateira conseguiram assustar e amedrontar, cansar e desanimar, enjoar e enojar, desfigurar e mistificar os melhores anseios da maioria dos que querem um país mais justo, equânime e próspero. Vencem, nessas condições, os extremos de uma equação pérfida: a do poder a qualquer custo.
De um lado, os corruptos violentos – alijados do jogo – cuja sanha não tem paradeiro. De outro, os corruptos astutos – atuais donos da bola – cujas artimanhas não têm paralelos. Assim como só tem valentão onde tem cagão, só tem malandro onde tem otário. E eles sabem muito bem disso. São “especialistas”.
Ante a ausência do cidadão de bem num momento gravíssimo de nossa trajetória tripudiam, deitam e rolam. Se o custo da inércia, até aqui, já é muito alto, tornar-se-á proibitivo e desastroso a curto prazo. É isso o que queremos?