Editorial – Buraco negro
Dois fatos chamam a atenção: mesmo com tal sucesso a cidadania sumiu das ruas, como se cansada ou amedrontada estivesse e o que era técnico e jurídico transformou-se em acirrada pancadaria política nas “altas esferas” jurisdicionais, como prevíamos desde 2014. Ninguém quer largar o osso.
A PGR e o STF, vivendo em tempos de “pós-verdade” – classificação do professor Dr. Hélio Duque – agem menos precisamente como promotores e juízes, porém mais como militantes políticos de elite, cumpridores de tarefas especiais. Nomeados pelo sistema, não morderiam a mão do dono que os alimenta, embora apresentando diferenças de estilo e atitude. Há pouco tempo, parecia que o Brasil sairia do buraco negro – que tudo absorve ao seu redor – ao qual fora induzido pelas hostes bolivarianas desde 2003, com a conivência da casta política dominante desde 1985. Acontece que o cocho é farto. Para ela, irresistível, ainda que a conduza ao matadouro.