Politica

Editorial – Buraco negro

 Segundo o procurador Deltan Dallagnol, tais são alguns resultados da Operação Lava Jato: “180 pedidos de investigação em 40 países, tendo como alvo 21 milhões de transações bancárias que respondem por um equivalente de R$ 1,3 trilhões; 280 pessoas já acusadas – sendo 140 já condenadas – além de R$ 10 bilhões já devolvidos à sociedade pelos réus. Na Petrobras, R$ 42 bilhões já foram registrados como dinheiro desviado pela corrupção” etc., etc. etc. 
Dois fatos chamam a atenção: mesmo com tal sucesso a cidadania sumiu das ruas, como se cansada ou amedrontada estivesse e o que era técnico e jurídico transformou-se em acirrada pancadaria política nas “altas esferas” jurisdicionais, como prevíamos desde 2014. Ninguém quer largar o osso. 
A PGR e o STF, vivendo em tempos de “pós-verdade” – classificação do professor Dr. Hélio Duque – agem menos precisamente como promotores e juízes, porém mais como militantes políticos de elite, cumpridores de tarefas especiais. Nomeados pelo sistema, não morderiam a mão do dono que os alimenta, embora apresentando diferenças de estilo e atitude.  Há pouco tempo, parecia que o Brasil sairia do buraco negro – que tudo absorve ao seu redor – ao qual fora induzido pelas hostes bolivarianas desde 2003, com a conivência da casta política dominante desde 1985. Acontece que o cocho é farto. Para ela, irresistível, ainda que a conduza ao matadouro.
 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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