Editorial – Eu te amo…

Tal não se deu. Resgataram-no, nestes tempos tão pragmáticos quanto surreais, o marketing dirigido a nichos mercadológicos via Tecnologia da Informação e, como não deixaria de ser, análises comportamentais via Inteligência Artificial. De santo milagreiro para a solteirice mal resolvida, transformaram-no em boa oportunidade comercial.
Tal monetarização do lirismo, contudo, não tirou o charme do Dia dos Namorados para os enamorados. O mantra ancestral “- Eu te amo!” prevaleceu às inovações cibernéticas e, fosse uma singela florzinha, fosse um esplendoroso anel de brilhantes, o “sex appeal” da data convencional movimentou o mercado e os motéis.
À sombra ficaram os irredutíveis mal amados de sempre casmurros e resmungões, ávidos e patéticos, misóginos e intratáveis, ególatras e possessivos não importa sob quais aspectos os observemos, querendo engolir o mundo, mesmo com risco de morrerem de indigestão universal. Nem Freud explica…
E falando em relações amorosas inexplicáveis, o TSE não absolveu a chapa Dilma/Temer. Foi por ela absorvido… Valei-nos, Santo Antônio!

