Editorial – Histeria midiática
A indústria do espetáculo joga a favor da criminalidade – neste e em outros casos – em busca de audiência e transforma informação em alienação e fatos históricos em farsas histéricas. Parece que cada povo tem não só o governo, mas, a imprensa que merece, por ação, ou omissão.
A oitiva do Lula não foi etapa de um campeonato de futebol ou farra carnavalesca do estilo: foi apenas e tão somente um depoimento normal em qualquer processo judicial. Os interessados em holofotes e “mise en scène” são o acusado e suas hostes, cujas ameaças de botar fogo no país datam de 2.006, quando da AP-470 (Mensalão).
O chefão da organização criminosa e sua claque querem retardar ao máximo a condenação inevitável na primeira instância, para que sobrevivam até as eleições de 2.018 sem condenação na segunda, o que impediria a candidatura. É assim que um mero caso de polícia se transforma em arruaça política. Tem quem se excite com isso.
Querem, em última instância, tornar o Brasil em Venezuela, e a histeria midiática contribui para tanto. O resto são firulas.