Politica

Editorial – Não sei, não vi, não ouvi…

 Nos cinco mil e tantos municípios do “País das Maravilhas” ocorrem, há alguns dias, acordos e conciliações dentre partidos irreconciliáveis denunciados pela Lava Jato. O que estão com o rabo na reta têm, nela, o inimigo comum. Seria ingenuidade supor que não se unissem, de vez que a prática dos delitos é também comum. 
Igualmente, nenhuma reforma será efetiva se a Mãe delas, a urgente REFORMA POLÍTICA capaz de liquidar a canalhocracia, seja feita. Não serão sicários da bandalheira que botarão o país nos eixos, ao contrário: seguirão legislando em causa própria, contra o país e seus cidadãos apáticos. 
Ocorre que o grande ausente num momento cavernoso – mais um – da História cabocla é exatamente quem deveria estar na batalha para passar severamente o país a limpo: o povo. Foi aos milhões às ruas por vinte centavos em 2.013; está inerme e complacente ante as denúncias atuais do roubo de bilhões pela casta política. 
De país liricamente dito “emergente” no início do Século, o Brasil voltou à sombria categoria de submergente que sempre lhe foi própria. Delações espetaculosas como a da Odebrecht e outras empresas corruptas e corruptoras, quadrilheiros eméritos e figuraças espúrias do cenário institucional não comovem senão minorias indignadas. 
A imensa maioria cega, surda e muda prefere não ver, ouvir ou meter a boca no trombone, catatônica e subserviente. 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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