Editorial – A voz das ruas III

Áreas técnicas há, na gestão urbana, que exigem perícia, experiência e tino administrativo exemplares e não será nomeando compinchas ineptos para o setor que bons resultados serão obtidos. Além da economia, saúde e segurança, a infraestrutura é ponto crucial que não pode ser deixado sob direção de improvisadores.
Chefias que não entendam bulhufas do setor causarão desastres, pois delegarão decisões a terceiros e acatarão ideias raras mais destinadas a favorecer empreiteiras astutas que a beneficiarem a cidade. Exemplo: o trânsito – eixo da infraestrutura – não pode ser solucionado por manobras tacanhas de gabinete ou algures.
Assim, v.g., ante teses absurdas de reversão de mão de direção de grandes vias para aliviar os engarrafamentos nas horas de pico, jogando o problema para as cercanias e agravando-o, além de beneficiar terceirizados a cargo da sinalização viária, a voz das ruas somente poderá ver o fato com legítima desconfiança e irritação.
Dizem tais vozes, em Portugal, que o bom bucheiro não admite moscas em seu balcão. O bom prefeito, também não.

