Editorial – A voz das ruas
Afirma-se com sabedoria, no interior, que o olho do dono é que engorda o gado. Encastelar-se em gabinetes e contar só com informações subalternas é risco que o administrador ou legislador de bom senso jamais deveria ou poderia correr, dado que de bem intencionados e lambe-botas o inferno está pleno. Mas, é a má prática comum.
Se números frios de censos e estatísticas servem como referência, apegar-se às idiotias das redes sociais é cavar buraco n’água. Já a conversa olho no olho, o “papo reto” informal com os cidadãos, sem pirotecnias e holofotes, é boa prática. Políticos dos bons não temem a cidadania, suas razões, opiniões e sentimentos, ainda que desfavoráveis.
A crítica direta, mesmo que improcedente, é sempre exemplar. Aprende-se mais com ela que com elogios matreiros e tapinhas nas costas. Erra-se menos e maiores são os acertos, havendo autêntica vontade política. Temos duas orelhas para escutar e uma boca para falar. Há que sair da vã modorra e ouvir a voz das ruas…