Politica

Editorial – Equações surreais

 Temos hoje no país cerca de 90 milhões na população ativa e uns 144 milhões de eleitores na Pátria amada, salve-salve. Os 54 milhões da diferença ativos/eleitores não diferenciam os aposentados, os informais, os incapacitados e outras categorias alheias à geração de salários, lucros e receitas orçamentárias, ou sequer uns 13,5 milhões de desempregados. 
Todos, no cômputo dos 144 milhões, são obrigados a elegerem vereadores, prefeitos, governadores, deputados estaduais, presidentes, deputados federais e senadores. Queiram ou não, têm de participar do mal chamado “jogo político” – na verdade, uma farsa escatológica. 
O denominador comum desse jogo seriam os partidos políticos, se representassem de fato os interesses da população, que abrangem os 206,5 milhões atuais. Não representam. Defendem interesses de minorias absolutas, num polo, e a ânsia e manutenção do poder, no outro, interligados que são. 
A tese do Bem Comum, tão cara a Platão e Cícero, inexiste numa sociedade  dominada pelo poder da grana, não pela força das ideias. Conceitos, teorias e tudo que se queira há, e em profusão, indicando os bons caminhos da política, começando pela valorização de quem trabalha e produz, já o fez ou fará, e valoração rígida da qualidade e conduta dos que, por hipótese, os representariam.
Do contrário as equação sociais, além de não fecharem, tornam-se surreais. É ruim, hein?

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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