Assim, a imposição de leis tais ou quais e tecnicidades supérfluas assumem, no trânsito, o papel de placebos para a falência do modelo de transporte sobre pneus, e continuidade da política histórica de liquidação do transporte público em benefício das montadoras, cujos lucros são ótimos para seus países de origem. Somos onde as indústrias estrangeiras de veículos mais rendem no mundo, com um dos piores transportes públicos do planeta.
Da porta de casa em diante enfrentamos trânsito ultra saturado, ruas e infraestrutura viária precárias, estradas temerárias e toda sorte de tretas do Estado para faturar com o direito mencionado, em termos de taxas, impostos e multas; morrem, por ano, mais de 50 mil pessoas em acidentes de trânsito, porém a produção de veículos segue muito bem, obrigado. Mesmo que mal consigam rodar, estacionar ou, ao fazê-lo, enfrentem riscos inaceitáveis nas ruas e estradas impróprias para consumo humano.
Ir e vir, hoje, é direito muito caro e perigoso!
