Editorial – Rombos orçamentários

No final do ano as contas jamais fechariam, ainda mais num período de arrecadação em baixa e gastos em alta, resultado de governos centrais não só perdulários, quanto corruptos e inconsequentes, a exemplo dos últimos 13 anos. Praticamente todos os municípios brasileiros sofrem com essa epidemia.
Na medida em que tais coligações nada republicanas não passem de junção de quadrilhas para aceder ao poder e rapar o erário público, como está fartamente demonstrado nos últimos dois anos, todo o tecido administrativo do Estado fica contaminado. A Política, enquanto “Arte de bem governar os povos”, fracassa. Os rombos orçamentários são a consequência mais visível dessas farras com dinheiro público.
Todavia, não há Madres Teresas nesse conciliábulo, seja da parte dos eleitos, seja da parte dos eleitores, numa relação promíscua e simbiótica travestida de pulcros ideais. Mais que escolher entre o menos ruim e o pior, a questão é de índole, propensão natural. Folga-se na escolha dos picaretas prediletos que, eternizados, nem agradecem aos que os enriquecem e lhes pagam as mordomias. É ruim, hein?

