Editorial – Farinha pouca…
Os USA, para não ficarem atrás em relação à Rússia, elegeram Trump presidente, versão hollywoodiana do Putin. Mas, cada povo tem o Bicho Papão que merece ainda que, para nós, o nome do último em “mineirês” não seja exatamente louvável. As duas potências decidiram endurecer o jogo contra a globalização.
Um sintoma desta volta à concentração de poder e xenofobia, porém, já se viu com a saída da Inglaterra da União Européia – o BRexit – rachando o bloco. Os bretões atravessaram o samba assustados com os efeitos diretos e colaterais da pasteurização econômica e cultural do Ocidente que, ao invés de fortalecê-los, os fragilizou ante a “onda de bárbaros” corruptora de suas mais caras tradições.
O pragmático “comunismo capitalista”(Sic!) chinês apenas observa, em cima do muro. Ainda bem! Tiradas essas potências e seus satélites de cena, a periferia subdesenvolvida, dita ironicamente emergente, está em maus lençóis, em clima de filme de terror. Teria o sonho globalizante de fato findado, com volta da política pretoriana do “farinha pouca, meu pirão primeiro”? É pagar para ver…