Editorial – O país que não foi

 Marco Bastos (professor, pesquisador e engenheiro) nos enviou mensagem comentando o editorial de 03/11/16: -“Na década de 70 fizemos curso sobre “Planejamento Setorial e Regional” ministrado pela CEPAL/ILPES/ONU, estudando aspectos e teorias que percebi como tendo sido, desde lá, o fundamento teórico utilizado por vários governos. Nos últimos 15 anos tentou-se aplicar muita coisa sem, contudo, se darem ao trabalho de verificar se as premissas da teoria Desenvolvimento Descentralizado e Polarizado estavam presentes. No final do curso concluía-se, entre outros, que não se devia incentivar o crescimento das cidades além dos 500 mil habitantes”. 
Ou seja: o problema já era bem conhecido no mundo há muito tempo: gente demais para cidade de menos. Mas, quanto mais gente mais eleitores e contribuintes. Boas análises, boas teorias e parcos resultados. O “País do futuro” transformou-se (dentre muitos outros) no país que não foi. Ficou para trás. 
Diz o Mestre Bastos: “- Deu no que deu: num país exportador de commodities e importador de bens e produtos industrializados, cada dia mais endividado, população crescente sem o correspondente crescimento do produto interno”. 
Quem paga a conta dessa equação que não fecha somos nós, munícipes. Não por falta de aviso, porém, por inequívoca falta de competência e vontade política dos gestores eleitos, ao molho da corrupção. Até quando?