Editorial – Efeito corrupção
Na região do ABC, tida como berço e baluarte do lulopetismo, nenhum de seus candidatos às prefeituras foram eleitos no primeiro turno. Pesquisas mostram que suas últimas apostas de segundo turno – Grana em Santo André e Braga em Mauá – dificilmente terão resultados melhores que os de 03/10.
O principal expoente que leva o PT ao desastre eleitoral não é o que alguns taxaram de “efeito Doria” na região e, ainda menos, decorrência colateral da Operação Lava-Jato, com seus fatos: foi, definitivamente, o “efeito corrupção”, que botou na parede um partido fortíssimo quando era pedra e um fracasso ao virar vidraça.
Perdeu incontáveis quadros, militantes e praticamente toda sua base de aluguel no país inteiro, algo somente comparável à debandada de galinhas numa tempestade. Mudando de partido, alguns egressos da facção até lograram eleger-se. O repúdio popular não se dirigia às suas pessoas, mas, às suas “ligações perigosas”.
Não deixa de ser um bom começo, para os que têm um país a reconstruir.