Editorial: O dia de amanhã

No vácuo decorrente, todavia, agitam-se cafuringas predadores, para os quais qualquer regime ou governo (a diferença é substancial!) serve, com as raras e honrosas exceções de praxe. Não fosse o cocho ainda farto e a missão facílima, seu número reduzir-se-ia em 90%, na menor das hipóteses.
Qualquer policial neófito sabe que ladrão furtivo não escolhe o que dá muito trabalho e pouco lucro. A premissa é válida para candidatos que transformam o contrato eleitoral em picadeiro. Basta notar, “au passant”, propostas medíocres, irrealizáveis, do tipo ctrl + c, ctrl + v em sua maioria.
Sem falar no conteúdo da propaganda eleitoral sonora: até a trilha de um dos hinos lendários dos narcotraficantes mexicanos (La Cucaracha) plagiou-se na cara dura, no intuito de chamar a atenção. Nada criam, tudo copiam.
Neste mês e meio vimos a proliferação de calúnias, injúrias e difamações numa baixaria incontida, repetitiva. Serão esses os funcionários públicos caríssimos que queremos contratar, via votos, para nossas cidades? A escolha, amanhã, será somente sua. As consequências, para todos.

