Politica

Editorial: Insistências…

 Há que insistir até à exaustão: o representante é, em qualquer instância, a alma mater, o álter-ego, o clone do representado. Se a casta política – salvo raras exceções – é corrupta e criminosa, seus membros são eleitos por paixões doentias, concupiscência e leniência e muito por afinidade. Enfim, tudo, menos por inocência. 
Aliás, nesta era das comunicações globalizadas, não há lugar para inocentes. Prolifera, sobrepõe-se e prospera o agir dos indecentes, em cenário rocambolesco no qual os calhordas prediletos da vez posam impávidos de Madres Terezas de Calcutá. O Brasil, atualmente, é o desonroso campeão mundial de corrupção institucional, desconsiderada a social, individual, do dia-a-dia. 
A ONU fala hoje em 200 bilhões anuais de dinheiro público idos para o ralo, o bolso de mequetrefes. É mais. Muito mais… Todavia, os eleitos e ungidos pelo voto popular têm certeza absoluta da impunidade, de que entre raros mortos e feridos, ao final salvam-se todos. Há que insistir: quem bota os picaretas “lá”, sejam federais, estaduais ou municipais? 
Ora, dizem que no “Pais das Maravilhas” sempre foi assim. É vero… Apenas, nunca de maneira tão despudorada, jamais de modo tão cínico quanto na última década e pouco. Não vê quem não quer. Dizem tal ocorrer por não termos líderes, mas, aliciadores. É dizer, portanto, que não temos “eleitores”, mas, cúmplices… É ruim, hein? 
 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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