Editorial – Sujos e barulhentos…

 Quem tem projeto de governo consistente para a cidade, precisa reunir-se com os eleitores para apresentá-los, discuti-los e até modificá-los. Não carece de estratégias para “desconstruir” adversários com calúnia, difamação e injúria, ou ainda emporcalhar a cidade com folhetos ou “santinhos” e, acima de tudo, respeita a legislação da preservação do silêncio público e privacidade da população.  De um lado, ocorre que os “sujismundos” creem que empastelando ruas, praças e avenidas com panfletos e saturando a paciência com carros de som no último volume, conquistarão a simpatia do eleitorado. É certo e verdadeiro que, a cada público, corresponde um tipo de espetáculo. Quem gosta de zorra e imundície, neles votará.  De outro lado, é vero que a escolha de legisladores e administradores – funcionários públicos teoricamente a serviço do município e pagos com nosso dinheiro – deveria obedecer critérios como competência e transparência, honestidade e coragem, respeito pela coisa pública e um mínimo de racionalidade e inteligência.   Se tal não ocorre a culpa não é dos escolhidos, porém, é de quem escolhe. Esta afirmação cartesiana desagrada aos que, por interesses dúbios ou paixões desvairadas, ou ambos, têm o que chamamos de “seus canalhas prediletos”. 
O que se joga, numa eleição, não é o futuro deste ou daquele picareta e seus parasitas: é o futuro da cidade, certo?

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