Editorial – Jogos vorazes

 Muito bem… terminados os louváveis Jogos Olímpicos seguirão intensos, na ressaca da festa, os degradantes jogos vorazes do dinheiro e do poder, da astúcia e da iniquidade em dois grandes circos nacionais dominantes num país passional que, até quando acerta, erra: a votação do impeachment da quase ex-presidente Dilma e as eleições municipais de outubro. Na Rio 2016 não foi cumprida a meta de estarmos dentre os dez países mais medalhistas do mundo. Outros foram melhores.  Já a defenestração da testa-de-ferro do lulopetismo e seus sicários do poder ainda contaria com hábil manobra de última hora, com a renúncia da madame antes da votação do bota-fora pelo Senado, quiçá ao apresentar sua “defesa” em plenário. A jogada esfriaria o caldo morno – do tipo água de salsicha – na qual se desenrola o processo e ela far-se-ia, talvez, passar por ingênua menininha lançada aos lobos em suruba de serralho. Vai que cola…  Das eleições municipais pouco há a falar. O jogo está feito e pouquíssimos dos participantes se salvam. A imensa maioria de rabo preso seguirá, setembro adentro, perguntando à cidadania, ao comércio, indústria e serviços “o que precisam” e prometendo mundos e fundos. Acredita nessa treta quem quiser.  Não obstante, seguirão emporcalhando as ruas com “santinhos”, atordoando o público com execráveis carros de som e outras parafernálias. Vota nesses, quem quiser…