De vez que a crucial e interminável disputa interna, a do repúdio e defenestração da quadrilha que quase destruiu o país, está praticamente definida, não há que gastar tempo de mídia, espaço em papel ou blá-blá-blá dando holofotes a pixulequeiros. Todos, sem exceção, são execrados pela cidadania, restando todavia alguns impenitentes com suas braçadas de afogados. Abusaram da sorte e fizeram por merecer. Já nos Jogos Olímpicos os atletas sabem que ou vencem, ou vencem, e que segundo lugar, com medalha de prata, não é símbolo de vitória, mas, de derrota no último nível das competições. Vencer é preciso, mas não a qualquer preço, custando o que custar, fazendo “o diabo” e usando o ignóbil tapetão. Igualmente o público – mesmo que passional, barulhento e malcriado, para variar – tem se comportado bem, prestigiando os heróis modernos conquistadores de lauréis, diferentemente dos políticos, campeões de embromação e interesses escusos. O desempenho dos atletas é o fator decisivo. Ou são os melhores, ou não o são. Já na política seguimos eternamente – e há que insistir nisso – na pendência de “escolher” entre os piores e os menos ruins. Se nos esportes nada muda em nossas vidas após os campeonatos, na política o buraco é mais embaixo: o que “escolhemos” definirá os destinos de um país, de um estado ou de um município. Eles nada conquistam. Você os bota lá! Certo?
Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.