Editorial

Editorial – Máfias das multas: para onde vai o dinheiro?

 O “admirável mundo novo” tecnológico em que vivemos gera monstrengos muito a gosto de governos incompetentes que tratam questões políticas com medidas administrativas, coisa de ditaduras. Os sistemas de multas via geringonças instaladas em pontos estratégicos é um deles, e dos mais duvidosos. Há quinze anos atrás ouvimos de Celso Daniel – então prefeito de Santo André – que cerca de dez por cento do seu orçamento provinham do esquema: algo em torno de quarenta milhões de reais. Logo em seguida foi assassinado.  Sabe-se que, nos organismos de Estado referentes ao trânsito, impera toda sorte de negócios obscuros, e que verdadeiras máfias se lhe aninharam abiscoitando pingues lucros, especialmente, as das multas que proliferaram assustadoramente pelo país.  Na região do ABC, não é diferente. Junto a controles de estacionamento até em bairros residenciais, as maquinetas crivam os motoristas exaustivamente, dificultando ao máximo recursos e aumentando fortunas ignotas. Não cabe ao poder público, numa democracia, vigiar, punir sem julgamento ou cercear direitos fundamentais. Tem, sim, de investir no rigor da habilitação e educação esmerada do motorista, proporcionar condições dignas para sua livre circulação e, finalmente, jamais criar mecanismos geradores de dificuldades para vender, no paralelo, facilidades, rota dos caminhos da corrupção.

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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