Editorial – Coisas boas

 O fato é que estamos todos fartos. Fartos de governos venais, irresponsáveis e incompetentes, de política rasteira e políticos rastaqueras, de notícias ruins e condições de vida precárias. Fartos de promessas e conversa mole para boi dormir, de desculpas e mentiras, de corrupção e vadiagem no âmbito dos poderes republicanos, com ênfase no Legislativo e Executivo, sob a leniência do Judiciário. 
Ansiamos por notícias boas e fatos estimulantes, perspectivas de bem estar social decorrentes de projetos viáveis e proativos, de planos de governo que objetivem a qualidade de vida e o bem comum, de atitudes transparentes dos representantes do povo.  De nada adiantará acreditar em especialistas em enfeitar o pavão sobre méritos e qualidades, às vésperas de mais uma eleição minoritária, se partidos e candidatos são pródigos em firulas e promessas e parcos em propostas e determinação de trabalharem pelo povo e para o povo, por não terem méritos e, menos ainda, qualidades para desempenhar duas das mais nobres missões de uma sociedade que se pretenda organizada: legislar e governar.  Estamos todos fartos de termos de escolher entre o pior e o menos ruim, entre o medíocre e o ordinário, o descarado e o menos cínico, para dizer pouco. Mais uns dias e o jogo das eleições municipais estará jogado. A responsabilidade pelos resultados será inexoravelmente nossa, de ninguém mais… Certo?