Os municípios brasileiros entram na reta final dos conchavos, armações e arranjos para as eleições minoritárias de outubro. Convenções sucedem-se em todos os rincões da pátria amada salve-salve, às margens flácidas de baita angu de caroço. O critério não é a escolha da maior competência ou mesmo impoluta idoneidade, mas, de quem arrasta mais votos. É evidente que a população quase nada participa na escolha das chapas e seus candidatos, como nos grandes comícios de outrora, ficando apenas na contemplação beócia dos arreglos e futricas nas redes sociais. O desinteresse fica por conta do tal angu da situação do país, de vez que nada está tão desmoralizada quanto a casta política, tida e havida por corrupta salvo raríssimas exceções. Fez e faz por merecer… No brejal das coligações, misturam-se alhos com bugalhos e toda sorte de arrivistas, oportunistas e aventureiros. Geralmente os mais bem intencionados e capacitados são excluídos por não fazerem parte do meio, especialmente aqueles pautados por princípios sólidos e métodos louváveis, taxados num extremo de ingênuos, noutro de perigosos para o sistema. O que se discute não é o futuro das cidades e sua gente, porém, a chegada, a volta ou a permanência no poder. E, via de regra, vale tudo para isso. Como sempre afirmamos, o representante é a imagem e semelhança do representado. Cada cidade terá o que merece, certo?
Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.