Editorial

Editorial – A Cadeira do Capiroto

  e providencialmente afastada do trono presidencial, Dilma Rousseff remoçou. Num vídeo recente estava mais solta, leve, ligeiramente mais lépida e sem olheiras. Até sorria espontânea por qualquer coisa. Realmente, remoçou. O afastamento – se fez um bem imenso ao país – está sendo-lhe proveitoso, física e espiritualmente.  Em janeiro de 2.011 correu o mundo a cena shakespeariana duma mulher sufocada dentre marmanjos, papagaios de pirata desesperados para saírem na foto, um com mais cara de malfeitor que o outro. Repetiu-se o espetáculo em 2.015, porém, a maioria ou está sendo investigada, ou está já denunciada nos tribunais, ou já está na cadeia. Dilma, a Rainha Louca, está parcialmente liberada de seus titeriteiros.  Temiam, as oposições amarelonas, que a queda da infausta guerrilheira que não foi e presidente que jamais deveria ter sido, acarretasse sangrenta guerra-civil e a invasão dos bárbaros hellboys periféricos comandados por Lula, Maduro e Castro. Não houve.  Pasmas, contemplam um cenário apático e insosso, déjà vu enfadonho e melancólico. A Cadeira do Capiroto aquece, interinamente, as excelentíssimas nádegas de Michel Temer e, se lá permanecer em seu mandato-tampão até 2.018, provará que não tem nada roxo, mas, de “adamantium”, à guisa de sorumbático Wolverine tapuia improvisado. O Reino da Bananolândia, até então, estará a salvo.
 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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