Editorial – A culpa é do feijão!

 Notícia boa: a ministra Nancy Andrighi, corregedora do Conselho Nacional deJustiça (CNJ), arquivou as duas últimas representações contra o juiz Sérgio Moro, responsável pela condução da Lava Jato na 1ª instância e alvo de sanha feroz das quadrilhas no poder, desde que autorizou a condução coercitiva do ex-presidente Lula da Silva. Neste país é assim: quem trombar com a bandidagem, é processado e vítima de perseguição e ameaças.  O Moro é dessas raríssimas exceções em países que perderam o passo e o compasso da História, graças à incompetência atávica e nível civilizatório precário. Nada se cria, tudo se copia mal e porcamente. No “País das Maravilhas”, a vaca pública ainda tem muitas tetas sobrando e ainda há muito leite “de grátis”. Mas, quem se importa com isso?  Menos de 0,5% do eleitorado, os quatro ou cinco milhões que foram às ruas nos últimos três anos e que, por terem dado um pequeno susto na canalhocracia, ato seguido enfastiaram-se e deixaram os destinos do país nas mãos dos mesmos que diziam combater. É ruim, hein?  Como teremos eleições municipais, o clima agora é de negociatas, compra e venda de candidaturas, enfim: o mesmo balaio de gatos de sempre e, as cidades, que se explodam… Cadê o raio do “povo” nas ruas? Ninguém sabe, ninguém viu. Sumiu, como o feijão do mercado na entressafra, salvo se a preços proibitivos. Vai de grão-de-bico mesmo…