Editorial

Editorial – Desconstrução

 Dissemos, ano passado, que no momento no qual a Lava-Jato chegasse nos “frentes” políticos das quadrilhas em ação há décadas nestes brasis esquecidos de Deus e sob a égide do Capiroto, elas atravessariam a bateria e melariam o samba. Nos primeiros dias de julho removeram delegados, o Congresso Nacional – sob comando do gerentão Renan – articula medidas sub-reptícias para emparedar o Ministério Público, a Polícia Federal, a Magistratura e quem se lhes apresentar pela frente. O sistema protege seus sicários.  Bodes expiatórios e bois de piranha – alguns empresários predadores, Zé “Galinha” Dirceu, Eduardo Cunha e Dilma Rousseff, dentre outros –  foram e serão sacrificados em aras de salvarem-se os dedos, idos os anéis. “O sistema é foda, parceiro!” E o é por refletir a índole social. O desmonte da Lava-Jato é questão vital para a casta que domina o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, sem isenções partidárias. Terá efeito pelo fato do tal “povo” ter sumido do picadeiro.  Ulisses Guimarães afirmava que “político só tem medo do povo nas ruas”. Se recolhido à contemplação bovina nem bem iniciada a “rebelião”, as gangues seguem deitando e rolando impunemente. Há muita grana, muito pixuleco ainda em jogo como para que, num passe de mágica, elas modificassem atitudes e comportamentos. Porém, jogam para a plateia e os holofotes com sucesso. Acredita, quem quiser! 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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