Editorial

Editorial – Balcão de negócios

 Que se saiba, o balcão de negócios no Brasil começou em 1.500, com a chegada dos ferrabrases lusitanos por estas bandas, quando os autóctones cediam suas mulheres em troca de bugigangas, com era a práxis colonialista, geralmente em busca de ouro, metais e pedras preciosas, aqui não encontrados de início. 
No correr dos séculos, nada mudou na essência, trocando-se apenas o genocídio explícito por métodos mais “refinados” primando, dentre eles a corrupção ampla, geral e irrestrita, própria de civilizações extrativas e aventureiras, imitadoras de imitadores, não chegadas à criatividade decorrente de culturas tecnológicas. 

Troca-se hoje, como antanho, matérias primas e produtos de baixíssimo valor agregado por bugigangas e quinquilharias. As elites no poder – não importa a coloração ideológica – mantêm-se graças à farta distribuição de promessas, engodos, e restos de suas festanças. Sangram o país eleitos pelos sangrados. 

Os poderes da República e suas instituições têm preço e ótimas condições de pagamento como prática, troca de favores como método e, quem não paga ou aceita, não leva. O grande balcão de negócios prospera desde a mais insignificante Câmara Municipal ao Planalto, perpassando todos os níveis intermediários. 

Apesar dos esforços recentes para botar ordem no galinheiro, pelo andar da carroça daremos, novamente, com os burros n’água… É ruim, hein?
 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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