Editorial – Balcão de negócios
No correr dos séculos, nada mudou na essência, trocando-se apenas o genocídio explícito por métodos mais “refinados” primando, dentre eles a corrupção ampla, geral e irrestrita, própria de civilizações extrativas e aventureiras, imitadoras de imitadores, não chegadas à criatividade decorrente de culturas tecnológicas.
Troca-se hoje, como antanho, matérias primas e produtos de baixíssimo valor agregado por bugigangas e quinquilharias. As elites no poder – não importa a coloração ideológica – mantêm-se graças à farta distribuição de promessas, engodos, e restos de suas festanças. Sangram o país eleitos pelos sangrados.
Os poderes da República e suas instituições têm preço e ótimas condições de pagamento como prática, troca de favores como método e, quem não paga ou aceita, não leva. O grande balcão de negócios prospera desde a mais insignificante Câmara Municipal ao Planalto, perpassando todos os níveis intermediários.
Apesar dos esforços recentes para botar ordem no galinheiro, pelo andar da carroça daremos, novamente, com os burros n’água… É ruim, hein?