Editorial – Previdência e improbidade

 Com se verdade fosse, é moda dos governantes atribuírem à Previdência déficits orçamentários fabulosos sem, jamais, informarem que a causa é a corrupção generalizada no geral e o desvio sistemático de suas finalidades e verbas, em particular. A arrecadação previdenciária não para, assim com não para a sangria do arrecadado, para tampar buracos orçamentários reais que aumentam, também, ano a ano, além dos esquemas milionários de corrupção instalados. 
Aposentados nem greve podem fazer em defesa de seus direitos; seria inútil. Menos ainda, têm condições de parar ruas, avenidas, estradas. Estão indefesos, nas mãos de economistas venais e políticos predadores. 
No artigo “Previdência Social não tem déficit”, o professor de economia da Unicamp, Eduardo Fagnani, diz que “… para financiar a Seguridade Social (artigo 194 da CF), os constituintes de 1988 criaram o Orçamento da Seguridade Social (artigo 195), um conjunto de fontes próprias, exclusivas e dotadas de uma pluralidade de incidência. As contribuições sociais pagas pelas empresas sobre a folha de salários, o faturamento e lucro, e as contribuições pagas pelos trabalhadores sobre seus rendimentos do trabalho integram esse rol exclusivo de fontes”. 
Portanto, o dinheiro sempre existiu. Resta saber para onde foi desviado através dos anos, e por quem, e restituí-lo, pondo na cadeia os responsáveis. Certo?