Editorial – Secaram as torneiras?
Nas eleições municipais de 2012, quase 80% dos gastos foram financiados por empresas. Elas eram também responsáveis por doações significativas aos partidos em anos não eleitorais, mas essa fonte secou mesmo antes da proibição do financiamento empresarial, determinada pelo Supremo Tribunal Federal e acolhida pelo Congresso no fim do ano passado” (Estadão – 12/06/16).
Seja como for, ainda rolará muito dinheiro inexplícito nos famosos caixas 2, 3 e outros, impossíveis de controlar pois, mesmo que declarados, não haverá a busca das origens dos recursos, ainda mais em eleições pulverizadas como as municipais. Inclua-se, no cardápio, a “venda de candidaturas”: o sujeito recebe alguns milhões para não candidatar-se e favorecer, com isso, fulanos e beltranos.
Tais fatos evidenciam-se pela proliferação assombrosa de candidatos. Como não são malucos a ponto de rasgarem dinheiro, o negócio ainda deve ser muito lucrativo – em que pesem as atuais restrições – antes, durante e depois das eleições. É por aí…