Editorial – E a cidade?
Dizia o memorável filósofo popular Bezerra da Silva que “malandro é malandro, mané é mané”… e que “só tem malandro onde tem otário”, axiomas incontestáveis da equação social não apenas nas escolhas políticas. A celeuma crescente a uns 100 dias das eleições municipais nos 5.570 municípios brasileiros – cuja situação orçamentária está no bico do corvo graças à Era Perda Total – revela que, mesmo com as tetas da máquina pública murchando, ainda há muito a mamar.
O cocho ainda segue farto. Daí a suruba política nestas eleições minoritárias. Observando o noticiário, indo a reuniões, ouvindo conversas de rua, raramente encontramos senão difamação, calúnia e injúria, um que outro projeto do estilo “ctrl+C, ctrl+V mal digerido e piormente apresentado.
Egos, egos, egos… e os pamonhas, pamonhas, pamonhas entram em cena efusivos, ardentes, excitados e festeiros. A última coisa a entrar em pauta – e que seria decisiva para a escolha de vereadores e prefeitos em outubro – está ausente no circo orgástico: o futuro da cidade…