Editorial – Buraco Negro
O déficit consentido (gastos maiores que arrecadação) livra, na teoria, investimentos e programas sociais de cortes drásticos no curto prazo, além de dar certo fôlego aos substitutos do esquema criminoso anterior. Porém, não resolve o problema: o dinheiro público seguirá sumindo no buraco negro se outras medidas saneadoras, previstas no projeto de Temer, não forem tomadas. Nenhuma delas será “popular” e todas gerarão mal estar social.
É e será terreno fértil para aventureiros de todo calibre, arrivistas convictos conhecidos ou iniciantes, preocupados maiormente com o próprio bolso e não com o Bem Comum, no cenário da pior crise nacional dos últimos 25 anos e das próximas eleições municipais. O rombo federal é amplo, geral e irrestrito, fazendo não haver município no país que esteja com as contas em dia, por mais qualificada que seja a administração. Será prudente observar esse pormenor, na escolha de seus candidatos. Certo?