Se fulano quer ser fêmea, beltrana quer ser macho, é problema deles desde que se restrinjam às próprias insanidades e não venham torrar a paciência dos demais. Idem, se alguém quer ser católico, protestante, muçulmano ou macumbeiro ou o raio que o valha. Resumindo, pode-se achar e fazer de si o que quiser, desde que não tente impor suas opções e escolhas aos demais e assuma as consequências de seus atos. Até aí, é tolerável. Verificamos, ainda, que diferenças de gênero, raça e ideologia são tanto exclusivas do indivíduo quanto irrelevantes para a espécie. Politicamente incorretos são, em todos os casos, o fanatismo e sua versão simbiótica, o oportunismo. Ambos são práticas predatórias e destrutivas em qualquer versão e sempre pagou-se preço dramático ao tolerá-los. Bom: e daí? Daí que estamos em situação crítica, no país, graças ao fanatismo petista e o oportunismo alugado que destroçaram não apenas a economia, como também as instituições e relações sociais. O remédio amargo terá de ser engolido tanto pelos responsáveis pelo desastre, como pelos que permitimos que ele ocorresse. Ou vamos ao tratamento de choque agora, enquanto ainda estamos no terceiro mundo, ou em breve iremos para o quarto, quinto e mais além.
A trajetória da trombada com o futuro está traçada desde 2003 e agora é hora de pagar as contas, sem discussão de sexo de anjos. Ou demônios…
