Nada a ver com questões de gênero, aliás, obsoletas. Tudo a ver com o sistema republicano e o regime democrático representativo que o caracteriza, no qual o erro ou acerto nas eleições podem levar o Estado, os estados e as cidades tanto ao sucesso quanto ao debacle. Em recente entrevista no “30Minutos”, Clóvis Volpi nos deu aula magistral sobre os políticos e suas políticas, ressaltando que os partidos são apenas meios com os quais os primeiros realizam as segundas. Aquele que não tiver o município, o estado ou o país como ponto central de suas concepções, convicções e atividades não merece ser levado a cargos eletivos, por mais envolvente, fascinante ou poderoso que seja. O adequado, portanto, seria votarmos em maestria e não em simpatia ou medo seja para administradores, seja para legisladores. Trata-se da competência para lidar com a coisa pública e não de oportunistas somente interessados na prevalência de suas ideias em função de interesses próprios, de grupelhos e partidários, jamais os da sociedade e suas forças produtivas que já trabalharam, estão trabalhando ou por ela e para ela trabalharão. Os políticos e suas políticas – insistimos – nada mais são que funcionários públicos escolhidos para governar e legislar; não são heróis, nem deuses ou demônios. Se o eleitor escolhe mal, as coisas públicas irão mal. Se ao contrário, irão bem. É isso…