Editorial

Editorial – Lero-lero

 O título quer dizer, no popular, papo-furado, conversa mole pra boi dormir. Principalmente quando a vaca foi pro brejo. O Advogado Geral da União, José Eduardo Cardoso, é exímio nessas prosopopeias, como já demonstrara nos idos do Mensalão, defendendo ferozmente energúmenos do calibre de um Zé Genoíno, um Zé “Galinha” Dirceu, “Dilúvio” Soares e demais quadrilheiros nas CPIs respectivas: foram condenados no Tribunal. Tem, de vaidade, o que lhe falta em competência.  Sua defesa tão empolada e inconvincente quanto pífia e insossa das presepadas da presidente Dilma Rousseff ontem, ante a Comissão de Impeachment, demonstra que ela é baita azarada: qual Alice desvairada no “País das Maravilhas” correndo atrás de coelhos malucos, tem gurus esquizofrênicos, seguidores alucinados e advogado mequetrefe. Não tem como sair do buraco. Fez o diabo para ganhar eleições e botou o país no inferno, ficando como siri na lata. Precisaria de um excelente criminalista papo-reto, não de aleatório especialista em papo-furado.  As altas esferas dos Três Poderes nada têm de republicanas e o jogo é bruto, é parada dura. Poderia, a presidente, aliviar a barra pessoal se desistisse de dirigir na contramão e saísse da estrada caladinha, como o fez a ex-ministra Zélia Cardoso e até mesmo Jânio Quadros. Com defensores como os atuais, a coisa está mais para Collor de Mello. O resto, é lero-lero…
 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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