Deu a lógica. Em rápida reunião de apenas três minutos, o comando nacional do PMDB anunciou ontem o desembarque do Governo. O partido entregará até o dia 12 de abril o comando dos sete ministérios e os 600 cargos que possui no consórcio governista no Planalto. Um dos ministros, Henrique Alves, titular do Turismo, se antecipou e entregou o bastão antes mesmo da formalização do divórcio. OutrosCom a saída do PMDB, a expectativa agora aponta para o mesmo movimento de outras legendas como o PP e o PSD. A debandada preocupa o núcleo do Planalto, pois a matemática não favorece Dilma, que precisa de, no mínimo, 171 votos para enterrar o pedido na Câmara. Repercussão Na região, o principal ponto a ser observado é São Bernardo. Isso porque o ex-vereador Tunico Vieira deixou o Paço petista para lançar a pré-candidatura a prefeito. Já o único vereador, Gilberto França, terá até sexta para resolver se fica ou sai da legenda, tendo em vista a proximidade com o Executivo. Igual?O prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), utilizou a rede social para comentar o cenário político. Ele comparou o quadro ao do seu antecessor. “As pedaladas fiscais do governo federal, investigadas pelo Tribunal de Contas da União, são muito semelhantes às pedaladas executadas pelo ex-prefeito de São Caetano, que está com as contas rejeitadas por gastar mais do que arrecadou. Qualquer semelhança não é mera coincidência”, disse. Igual? 2Segundo disse Paulo Pinheiro, chefe do Executivo de São Caetano, “este jeito de desgoverno precisa ser extinto da política brasileira, na mais expressiva intenção do vale tudo pelo poder. Sentimos na pele as consequências do mau uso do dinheiro público, que prejudicou o início da minha gestão com a altíssima dívida que herdei do meu antecessor”.
