Editorial

Editorial – Teoria e prática

 O que vimos na semana passada na políticalha nacional é o resumo da mediocridade imperante nos últimos treze anos no “País das Maravilhas”. Quando chefetes e chefões da facção que julga mandar no país, julgando-se apoiados por jagunços locais e internacionais declaram guerra às instituições, assumem risco de serem extintos.  À falta de base teórica sólida para a tomada definitiva do poder “manu-militari” agrega-se a práxis desastrosa da mais torpe fanfarronice que – não fosse extremamente perigosa, podendo ser trágica – seria hilária. Ao falar tanto em guerra, assinam um atestado de suicídio político, tais derrotados ainda em tempos de paz.  Têm razão, todavia, os incautos mequetrefes que querem ensanguentar o país: não haverá “golpe”. Poderá haver impeachment legítimo se e quando houver provas para alijar do poder, legalmente, sua representante tanto precária e frágil quanto temerária e desastrada e mandar para a cadeia seus insanos preceptores e seguidores.  É comum que facções criminosas, quando acuadas, partam para o tudo ou nada. Mas, para continuar a política “por outros meios” – como Clausewitz bem definiu a guerra – é necessário, além de amplo domínio da sua “arte”, de razão histórica que a justifique. Não têm nem uma, nem outra. Estando errados e não havendo humildade para reconhecer os erros, seria sábio manterem-se calados e saírem de fininho… 
 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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