A arena do Corinthians, conhecida como Itaquerão, está no alvo da Lava Jato. De acordo com o procurador da República Carlos Fernandes Lima, a diretoria responsável pela supervisão da construção do complexo aparece em documentos e tabelas apreendidos pela Polícia Federal que indicam o pagamento de propinas relacionadas à obra. No despacho do juiz federal Sérgio Moro, que autorizou ontem, medidas coercitivas, durante a 26ª fase da Lava Jato, batizada de Operação Xepa, aparece Antônio Roberto Gavioli, diretor de contrato da Odebrechet Infraestrutura, responsável pela obra da Arena Corinthians, e o operador do esquema de propinas. Ele seria o responsável pela cobrança de pagamentos em espécie de R$ 500 mil.
André Luiz Oliveira, vice-presidente do Corinthians, foi levado em condução coercitiva pela PF para prestar esclarecimentos em São Paulo, ele nega pagamentos de propinas. Outro lado
Procurado, o Corinthians informou, em nota, que “quaisquer irregularidades ou desvios de conduta, constatados por autoridades ou não, serão devidamente apurados, e a instituição tomará todas as providências a si cabíveis para punir os responsáveis, bem como diligenciar para que todos os prejuízos causados ao Clube e à Arena Corinthians sejam ressarcidos”. A Odebrecht diz que “tem prestado todo o auxílio nas investigações”.
