Queiramos ou não, gostemos ou não, o país está atrelado ao sistema financeiro internacional, que levanta e afunda nações, põe e depõe governos, promove guerras e paz conforme interesses que, via de regra, não são os dos povos subordinados, ao contrário. O ente abstrato “mercado”, mais que manifestações de rua ou pronunciamentos bombásticos político-partidários, é o melhor termômetro da repercussão de fatos que considere positivos ou negativos. Desde a condução coercitiva de Lula a interrogatório o dólar caiu, a Bolsa de Valores subiu e até as ações da Petrobrás, valendo preço de banana, reagiram acentuadamente. Bastou que Dilma – sob pressão aloprada – insistisse em dar um ministério ao indigitado ex-presidente, para tirá-lo das mãos da Justiça via foro privilegiado, e o fenômeno desandou. O dólar voltou a subir e as cotações caíram. Em termos políticos, Lula ministro (sinistro, para os fãs de “Resident Evil – O Hóspede Maldito”) significa o início sub-reptício de seu terceiro mandato e o fim do segundo de Dilma, mergulhada na “Noite dos Mortos-vivos”. As notáveis manifestações de vergonha na cara, dia 13, são aterrorizantes para eles, mas, irrelevantes para o mercado. Nos seus termos, PT traduz-se, cartesianamente, por “Perda Total”. Enquanto sobreviver não haverá investimentos e o termômetro indicará momento propício apenas para especulação. É ruim, hein?
Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.