Cidades

Quase metade das cidades da Grande São Paulo tem a mesma tarifa da capital paulista

 Cidade de São Paulo: Com o Bilhete Único, o passageiro pode, pagando tarifa de R$ 3,80, realizar em três horas, quatro embarques em ônibus municipais na modalidade comum ou então, em duas horas, utilizando o Bilhete Único Vale-Transporte. A integração com o metrô e o trem é pelo período de três horas, no qual o passageiro pode pegar três ônibus e usar a CPTM e/ou Metrô ao custo de R$ 5,92. A maior linha de ônibus de São Paulo tem 103 quilômetros. Há ônibus de todos os tipos, inclusive de motor traseiro, articulados, superarticulados e barticulados, com piso baixo. Santo André, vizinha de São Paulo: a integração entre as linhas municipais, uma boa parte sobreposta, é feita em uma hora e meia e quem precisar usar ônibus intermunicipais, os trólebus metropolitanos ou trem da CPTM, deve pagar tarifa cheia na transferência. A maior linha de ônibus de Santo André tem em torno de 20 quilômetros de extensão. A maioria da frota é com motor dianteiro e há empresas que só possuem micros e micrões, nos quais os motoristas dirigem e cobram passagem ao mesmo tempo. O que há de semelhante entre as duas cidades? A tarifa de ônibus municipal, que em ambas, é de R$ 3,80. E o quadro se repete em outras cidades. Ao todo, 18 municípios da Grande São Paulo praticam hoje a mesma tarifa da Capital Paulista com menos ou sem nenhuma integração no sistema municipal e tampouco com serviços metropolitanos de ônibus ou trens, já que não há metrô fora da cidade de São Paulo. Apesar de as cidades da Grande São Paulo, em sua maioria, não pagarem subsídios às empresas de transportes, as diferenças entre as possibilidades de integração, percurso de linhas e até qualidade dos serviços são muito grandes em relação à Capital Paulista. Não se exige linhas da mesma extensão de São Paulo e também, pelo território dos municípios, não é necessário um período tão longo para integração, mas e o mesmo preço? Também não é o caso de classificar os transportes na Capital Paulista como ideais. Mas, na Grande São Paulo, a situação parece ser ainda mais difícil.A maior parte dos prefeitos e das empresas de ônibus, ao justificar os aumentos para valores iguais aos da cidade de São Paulo, diz que os custos de operação sem subsídios fazem com que proporcionalmente os gastos para prestar serviços sejam iguais ou maiores até que na capital. A realidade mostra que, apesar de as administrações serem diferentes em cada município e precisarem ter autonomia, é necessário pensar a região metropolitana como um todo, já que os deslocamentos entre as cidades são grandes e não podem ser encarados de forma isolada. Os municípios estão cada vez mais interdependentes. Sobre a qualidade dos serviços em parcela significativa da Grande São Paulo, o que se vê são passageiros reclamando tempo de espera no ponto, ônibus com motor dianteiro convencional, ou micro-ônibus e micrões sem cobradores atendendo demandas que ocupariam ônibus de maior porte. 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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