Relevante, sob todos os aspectos, a notícia de que a Câmara de São Caetano devolveu, aos cofres públicos, R$5.357.950,65 da previsão orçamentária de 2015 (R$43.083.954,77). São 11,63% do nosso dinheiro que não foram gastos em inutilidades para “zerar” o orçamento, como é de praxe no país inteiro. O presidente Paulo Bottura deveria ir a Brasília, para ensinar aos mequetrefes federais – especialistas em pedaladas, esbórnias financeiras e estourar o caixa – como é que se faz. No contraponto, a notícia ruim: a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, principal departamento de qualquer administração séria e preocupada com o futuro da cidade, foi rebaixada a mera diretoria, submetida à Fazenda. Certamente, é um cabide de aspones a menos, dada sua inexistência na prática desde 2005. O saudoso Jerson Ourives foi o último expoente do setor, com Luiz Tortorello.A criação de secretarias e, sob elas, mantidas as diretorias, revela sua essência num fato pontual: de cerca de três mil funcionários em 2004, a prefeitura saltou – salvo erro crasso – para uns nove mil atuais (cerca de 5.000 concursados, 3.000 terceirizados e aspones, segundo o DGABC de 13/1). É muito funcionário para pouca cidade.Os doze últimos anos revelam a gênese da coisa: a ausência de projetos de governo, e a predominância de projetos de poder, nivelando a administração pública pelo pior. É ruim, hein?
Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.