Editorial – Eleições em tempos de crise

 Segundo a pesquisa Ibope publicada dia 4, os atuais prefeitos terão dificuldades para reeleição ou elegerem seus indicados. Oposicionistas estariam com melhor cotação etc. e tal, como mostramos na reportagem desta edição. O fato mais ostensivo – a darmos crédito aos números – é que ao menos 30% dos entrevistados ou não votariam em ninguém, ou não sabem em quem. Ora, só estão preocupados com as eleições municipais os partidos políticos, seus cabeças de área já em campo querendo permanecer ou querendo entrar e a multidão de cargos de confiança, ou “aspones”, querendo manter suas boquinhas. Tirando esse círculo ou circo antropofágico, mesmo terato-escatológico, o cidadão comum, mero mortal, está preocupado é com a situação das contas no fim do mês e com o caos reinante na saúde, segurança e educação, praticamente em todos os 5.570 municípios do “País das Maravilhas”. Devido à voracidade e periculosidade dos partidos no poder central, atualmente o sistema, o regime e o governo não funcionam. Quebraram o país e, nos municípios, o tal cidadão mero mortal paga as contas das badernas estaduais e federais. Estão certos, porém, ao atribuírem a culpa à oposição: houvesse de fato alguma, das sérias, e não teríamos chegado ao brejo atual. Como afirmamos algumas vezes, nas próximas eleições teremos escolha difícil: entre o menos ruim e o menos pior. É ruim, hein?