Donisete diz que acordo com Sabesp está quase fechado

 O prefeito de Mauá Donisete Braga (PT) entrou em 2016 de olho na Sabesp. O petista aguarda ansioso a devolutiva da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo para finalmente celebrar um acordo “histórico”. “Vamos zerar os ativos cobrados desde 1995, quando houve a municipalização da água”, disse. Segundo ele, o débito de R$1,5 bilhão será reduzido a cerca de R$ 300 milhões. “A contrapartida da Sabesp será apresentar um plano de investimento”, explicou. A resposta da Sabesp deve sair em breve. AçõesNesta vertente, a companhia estadual, de “posse” da água, seria responsável pela reestruturação da rede. Um dos objetivos é reduzir perdas. Atualmente, 40% do líquido é perdido “debaixo” da terra. A média nacional é 20%. “Estão (técnicos da Sabesp) configurando uma proposta para apresentar ao município. Só aguardamos a devolutiva. Se a Sabesp for neste sentido, será um ganho para todos, principalmente para Mauá”, disse o prefeito. Meta?Se a presidente Dilma Rousseff (PT) gerou polêmica ao dizer, em certa ocasião, que não havia meta e quando a mesma fosse alcançada seria o dobro, Donisete foi além. Quando o assunto é tratamento de esgoto, ele não quer dobrar ou triplicar. “Hoje 6% do esgoto é tratado. Queremos chegar a 100% em dois anos”, disse. Além do índice ousado, ele precisa também combinar com o eleitor, pois o mandato dele termina em menos de 365 dias. Se conseguir a reeleição, terá o ano seguinte para cumprir a promessa. NúmerosAliás, a entrevista exclusiva do prefeito foi marcada pela matemática. Além de citar os números que marcam a Sama (Saneamento Básico de Mauá), Sabesp e o saneamento, o petista relembrou o acordo feito “depois de idas e vindas” em Brasília para que a cidade voltasse a receber o FPM (Fundo de Participação dos Municípios). “Desde o ano passado, repactuamos a dívida do município em 20 anos com a União e pudemos voltar a ter parte do fundo”, disse, citando, na sequência, as próximas ‘equações’. “Precisamos resolver os precatórios (R$ 285 milhões da Prefeitura e R$ 120 milhões da Sama).  “Vamos preparar a Sama nos moldes do Semasa”, do prefeito Donisete Braga (PT), ao rechaçar que o acordo com o Sabesp “feche” as portas da autarquia municipal. FunçõesSegundo o chefe do Executivo, a Sama passará por um processo de “enquadramento” na Lei de Saneamento para ampliar o leque de atuação com enfoque em drenagem, resíduos sólidos e licenciamento ambiental.